Networking: Não ser mais um

Nunca é demais reiterar a necessidade, dependência e mais-valia do mundo tecnológico nas práticas de recursos humanos. Existe uma linha bastante ténue entre a era digital e o incremento da importância dada às pessoas no meio empresarial, desconstruindo a ideia tradicional. Desta combinação surge, por vezes, a dificuldade de, quantitativamente, traduzir pessoas em indicadores e, também, por vezes, de fazer ajustes constantes em softwares, que muitas vezes são adiados pela sua constante modificação, a qual as empresas contornam até haver necessidades claramente emergentes ou obrigações legais, o que é compreensível em certa medida. Contemplando estas duas questões e fazendo a ponte entre tecnologias de informação e comunicação com o reconhecimento do impacto e influência de cada colaborador, como mais que um recurso a utilizar e, por outro lado, um elemento fundamental nas organizações aprendentes, conceito último este que desembargou as empresas na aprendizagem contínua com impacto real e necessário em networking, estes são, de facto, os recursos com mais estreito contacto nas organizações – Pessoas e TIC. Networking é o resultado da balança criada entre as necessidades, objectivos e intenções dos recursos humanos e das entidades por estas representadas e o crescimento exponencial da banalização e dependência dos meios tecnológicos que aproximam o mundo empresarial e respectivos mercados. 

Não obstante, cada empresa tem uma identidade e perfil que a torna única, quer através da sua missão e valores, quer através dos recursos que dispõe. Assim sendo, a sua forma de interacção, participação e iniciativa virtual podem ser mais ou menos criativas, regulares e memoráveis. O importante será, então, dotar e sensibilizar os recursos humanos para esta questão – Não ser mais um. Todas as oportunidades de obter bons resultados passam pelas pessoas, desde o seu cargo, da sua função até às suas tarefas e a preparação das mesmas. Por estes motivos deverão as entidades empresariais traduzir as Pessoas em números ou os números em Pessoas?

É premente ter esta consciência e valorizar o essencial, para que isso se traduza em saber compartilhado virtual, útil e diferenciado.

Por : Claudia Bastos ( claudia.bastos@slot.pt)
Consultora Comercial Trainee (Lisboa)